Assim que contei à minha adorada esposa que ia fazer uma, metade do mundo soube (talvez esteja a ser ligeiramente injusto, sim :) ), pelo que vim aqui avisar a outra metade - que não gosto de descriminações!
Fiz 5 envios de trabalho pela DHL, 3 aéreos e 2 terrestres, para 5 países da Europa.
A DHL conseguiu...
Erros de gravação na guia de transporte em 2 das entregas, obrigando o cliente a pagar no destino, quando estava já avisada que todas as encomendas seriam debitadas na conta em Portugal (Estão a ver, vocês pagam na Amazon com CC, depois recebem o item em casa e... pagam outra vez! Se não pagas, não recebes o item!)
Perder 1 dos pacotes para um dos países ...
Manipular a informação de modo a convencer-me que tinha tudo e que no dia seguinte iria entregar de certeza...
Dizer que diariamente tentavam entregar e não aceitavam, quando nos últimos 3 dias do prazo útil não o fizeram...
Terem feito com que não conseguisse realizar um projecto num dos países, com prejuizo enorme que terão que nos compensar não sei como...
Após cancelamento da entrega a 01/10 da minha parte (o projecto foi a 29/09) a DHL conseguiu...
Tentar entregar um dos pacotes que tinham (ainda não encontraram o outro) no dia 08/10!
Demorar 12 dias a responder a um email de reclamação com o argumento "Pedimos desculpa pelo atraso na resposta ao e-mail por Vossas Excelências enviado, sendo que, a demora no mesmo deveu-se a um lapso da minha parte" - Precioso!
Agora vou ver como resolvo o meu problema... com esta entidade que de alemã só tem a sede.
Como é possível uma entidade como a DHL, numa única entrega, fazer erros de gravação na guia de transporte e perder embalagens na entrega? É o mesmo que a Maternidade Alfredo da Costa se enganar a entregar as crianças aos pais certos!
Efectivamente dava para rir, se acontecesse a outro qualquer que não eu... E no 3º mundo...
PdT, nunca mais me esqueço de ti. Já são 2-0...
Nós, Portugueses, temos a fortuna de viver num estado democrático de uma liberdade inigualável.
É uma democracia tão aberta que… bom, vou dar um exemplo:
A mãe de uma amiga teve uma crise de tensão alta (i.e. pressão arterial muito elevada) e foi às urgências do seu hospital público “local”. Depois telefonou à filha (enfermeira) para lhe dizer onde estava.
A filha, que nessa altura não estava a trabalhar, foi a correr para o hospital de Leiria para ajudar a mãe no que fosse preciso. Ao chegar às urgências do hospital foi-lhe “travada” a entrada por parte do segurança:
Ela – Vou ter com a minha mãe que foi admitida aqui nas urgências.
Segurança – Não é permitida a entrada a acompanhantes.
Ela – O senhor sabe que saiu uma lei em como todos os doentes têm direito a ter sempre presente um acompanhante?
Segurança – Este hospital não aderiu a essa lei.
Como???
Fantástico! …democracia de aderir ou não às leis que se quer. O que dá um jeitão malta! Quando nos vierem pedir impostos só temos que dizer que não aderimos! :)
…pq num Centro de Saúde em Portugal é que ninguem vos safa!
(Vocês já conhecem a minha aventura no centro de saúde mas agora a minha filha já tem uma só dela para contar aos amiguinhos. :) )
In short…
A pedido da pediatra fomos pesar a pequenina (que fez hoje 3 semaninhas) ao Centro de Saúde da Amadora… ou não!
Enfermeira – A e tal, nós só podemos pesar a criança depois da doutora (médica de familia) a ver.
Médica de Familia – A e tal, eu só vejo crianças com mais de 3 meses.
A e tal… mas não fazem nada!
Sr. PM, em vez de fechar hospitais, feche os centros de pouca saúde.
Visto não ter sido possivel dá-lo pessoalmente na última RGA (para a qual aliás, e curiosamente, não encontro resumo):
O MegaWatt vai ter um mano(a) em Dezembro.
Mais informação será dada assim que a mesma existir.
Foi inspiração para o nome do blog e é um dos factos da vida: "esperar". Alguns até fazem pompa dizendo: "Bem podes esperar porque eu tambem esperei nove meses para nascer!". Este pequeno "spot publicitário" é para dois dos restaurantes que fazem da "espera" uma arte:
O "Meio Pizza Meio Grill", ou "Meio Espera Meio Desespera" para os amigos, é um pequenino restaurante que fica no Parque das Nações em Lisboa. Segundo a minha esposa fazem as melhores pizzas que ela alguma vez comeu e eu devo dizer que o franguinho assado na brasa tambem é muito bom. O problema é que para um restaurante com quase um empregado para cada duas mesas o tempo que levamos a ser atendidos é algo digno de se ver (aconselho o andar de cima para terem uma vista panorâmica sobre estas formiguinhas atarefadas). A comida até é boa e aconselho a visita... mas apenas se siguirem algumas regras básicas de sobrevivência:
- À chegada, se tiverem mesa, levem convosco as ementas, nem que para isso tenham que as ir "roubar" ao balcão. Assim meia hora depois quando um empregado vier trazer as ementas na verdade já vai levar é com o pedido! :)
- Se virem um casal mais incauto a desesperar numa mesa perto da vossa roubem logo umas ementas tambem para eles (assim espalham um pouco de felicidade pelo mundo e o ambiente fica menos toxico na area).
- Se estiverem a sentir-se verdadeiros aventureiros podem escolher ficar sentados na esplanada, mas vão preparados para a "travessia do deserto": ementas debaixo do braço, se possivel peçam as bebidas ainda antes de se sentarem e guardem energia para se levantarem e fazer o pedido junto a uma qualquer formiguinha que avistem lá dentro.
- Ao fim da refeição com a barriguinha já satisfeita até vão ter uma agradavel surpresa ao receber a conta... a qual devem naturalmente ir pagar ao balcão se não querem fazer a digestão toda antes de irem dar o passeio à beira-rio.
Não digam é que fui eu que vos mandei... porque tenho a certeza de que não fazem a minima ideia de quem eu sou ou sequer se lá alguma vez fui servido! :)
O segundo dos "pitéus" para hoje já não é tanto uma travessia no deserto, é antes uma porta para o exterior na Antartica durante um aviso de "weather condition one":
Estou a falar do restaurante "Borda D'Agua", ou "Transbord'À Paciência" para os amigos, na praia Morena, Caparica.
Aqui já não posso dizer que umas regras basicas de sobrevivência vos safem, tal como o livrinho de sobrevivência das SAS não vos irá necessariamente safar de um tiro na testa em pleno campo de batalha! Salve-se quem puder é a minha máxima para o local:
- À chegada ignoro o aviso de que a meia duzia de pessoas à espera ainda tem 1h30 de espera pela frente para qualquer uma das mais de vinte mesas, das quais pelo menos umas cinco não têm ninguem sentado!
- Dou o meu nome ao general inimigo (em caso de duvida escolham o tipo que menos parece fazer mas recebe mais dinheiro junto das caixas) e deixo o meu olho bom em cima dele para garantir que não perde o papelinho em que me inscreveu. Atenção que não parece haver uma lista por ordem de chegada, apenas um monte de papelinhos com nomes e numero de pessoas; nada garante qualquer tipo de ordenação nos papelinhos.
- Depois fico de pé à entrada e uso o outro olho para topar mesas livres e espertinhos que se sentam sem reserva: os chegadinhos de fresco que devem achar que os outros de pé apenas cumprem promessa ou estão à espera de rebuçados.
- Enquanto isto, é importante localizar uma senhora baixinha e morena entre as mesas e estudar os seus padrões de movimento. Só assim podem ter uma ideia das mesas que ela está a servir. É uma dessas mesas que vocês vão querer! (uma falha nesta pequena missão e correm o sério risco de pisar uma mina - o empregado vai demorar 30 minutos para perceber que vocês existem, vai demorar outros 15 minutos para receber o pedido, vai demorar mais 30 minutos para vos levar pão e as bebidas e é garantido que ainda esperam outros 30 pela comida... que vos vai chegar à mesa fria! Para quem não fez as contas é 1h45 minutos à espera do prato já depois de estarem sentados.)
- Assim que toparem uma mesa livre servida pela morena dão uma dica ao general inimigo, no tom mais confiante que tiverem, de que aquela mesa é ideal para vocês. O tom confiante é importante para que ele ignore todos os outros papelinhos que neste momento já foram baralhados umas 20 vezes!
- Agora que deu tanta luta garantir um serviço de mesa decente não é altura para relaxar e dormir no posto. Tá na hora de pedir a comidinha: se não querem correr riscos peçam o hamburguer no pão com batata frita, se ainda têm genica no corpo podem pedir um bife bem passado ou uma dourada escalada (qualquer outro peixe e a vossa carteira vai ao fundo com um só tiro - e ainda se arriscam a apanhar com uma ração de combate no prato!)
- Enquanto esperam aproveitem para observar a simplicidade da natureza humana quando estamos reduzidos à necessidade basica de precisar morder qualquer coisa: reparem como o casal duas mesas mais ao lado, para lá da fronteira da senhora morena, já parece estar seriamente a considerar perguntar à mesa do lado se vão comer o pão que ficou no cestinho - era capaz de jurar que já conspiram enviar um soldado ao balcão para surripiar um dos muitos pratos nos "perdidos-e-achados"!
- Se pediram o bife bem passado mandem para trás porque vem em sangue. Com sorte, só têm que repetir este complicado processo de passar melhor o bife uma vez.
- Finalmente, não peçam café nem sobremesa e vão pagar a conta directamente na caixa. Esperar numa mesa que esteja ao sol é escaldão garantido! Acreditem, é mais rápido ir ao Almada Forum beber o café, comer um crepe e voltar à praia!
Bom proveito!! :)
