quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Boas festas... e cuidado ao voar baixinho!

Numa época que significa muita coisa diferente para muita "gente" diferente... não queria deixar de dar um pouco da minha visão da selva tuga, agora que recebe mais atenção dos media!

...não... não temos selva no sentido tropical... mas temos selva no sentido selvagem!

E sim, todos por lá andamos e todos temos comportamentos mais ou menos selvagens uma ou outra vez. Alguns são mesmo verdadeiros yahoos sobre quatro ou duas rodas desde que se sentam ao volante!

Mas não se julgue que é fácil classificar as diferentes espécies desta selva!? Seria um trabalho de meter medo a Darwin! Aqui, as espécies sofrem mutações a cada segundo que passa, a selecção natural pouco tem a ver com a sobrevivência do mais apto e nenhuma das regras da fisica/natureza se parece aplicar a estes seres vivos!

Descobri sim, do alto do meu poleiro (e por vezes durante os meus próprios baixos vôos), que é muito mais fácil classificar comportamentos e mutações do que as espécies em si! Sendo ainda um trabalho de investigação não concluido já consigo abranger uma boa parte das classes, e deixo-vos aqui alguns exemplos:

-Pirilampos : provavelmente a classe mais abundante; mutação caracterizada pela ausência de sinal de mudança de direcção; pode ser provacada por comportamentos diversos, tais como distracção, ignorância e ocultação do objecto por via anal, entre outros.

-Hemorróidas: uma classe em franco crescimento mesmo com fraca camuflagem e uma longa lista de predadores sedentos de sangue; mutação caracterizada pela constante equidistância às margens da via; é geralmente provocada por pavor a "rails", falta de jeito e/ou prurido anal quando roda sobre as faixas laterais.

-Cheira Cus: classe predatorial que considera os hemorróidas um luxuoso gourmet e os pirilampos um pitéu amargo; mutação caracterizada perda da noção espacial e irritação das "mucosas luminárias"; causas ainda desconhecidas ainda que estudos preliminares indiquem tendências suicidas, impulsos homicidas, drogas e/ou morte prematura de neurónios.

-Bailarinas: classe ilusiva sem razão aparente de existência; a mutação pode ter diversas caracteristicas ainda que sejam mais acentuadas durante trafego intenso quando é mais fácil de observar a constante mudança de direcção sem objectivo ou progressão aparente; as causas ainda são um completo mistério... no entanto encontramos fortes indicações de desorientação por inalação de gases de escape.

Agora, nada de penas arrancadas ou bicos partidos para viverem em grande mais um ano de abutres!

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Assim começa A Espera dos Abutres...

Dizem que quem muito espera desespera. Mas um Abutre? ...não me parece!

Essa virtude lhes pertence porque nesta selva há que saber se está estragado antes de dar uma bicada!
Os selvagens correm, pulam, agitam os braços, emitem grunhidos e caçam tudo o que lhes passa à frente. Um Abutre é civilizado o suficiente para observar distante e molhar o bico quando é mais oportuno. São um caso raro de inteligência por engano plantada neste planeta dos macacos.

Estes seres alados aqui usam a pena (mais forte do que a espada!) para partilhar a sua visão destas caçadas... quer tenham ou não molhado o bico depois da espera...