"Sim ou não ser"... eis a questão!
Sim ou Não? A pergunta era algo simples... a resposta ainda mais... ou talvez não! A decisão só por si já é complicada o bastante... mas no nosso pequeno país é praticamente impossivel! E não me refiro a convicções, ideais, valores, bom ou mau senso... o que é mesmo dificil, é ser Português!
Eu confesso que não sou um grande democrata... aliás, até sou é um pouco anarca (mas fui votar e não foi a primeira vez). O acto de votar tem muito que se lhe diga e as interpretações da escolha de votar, ou não, são geralmente "à escolha dos freguês"! Uns preferem achar que é apenas falta de interesse (e na maioria dos casos é mesmo), outros preferem achar que é a expressão máxima da reprovação do sistema actual. Eu era um dos ultimos... até ter descoberto que afinal há uma verdadeira utilidade em participar no acto de votar, seja em eleições ou em referendos!
É importante ir votar para sabermos se estamos vivos ou mortos!!!
Não, não se trata de resolver crises existênciais... é literal! É que neste ultimo referendo o meu cunhado (expressão nova! :) ) em vez de um boletim de voto foi presentiado com a seguinte exclamação: "Desculpe mas não pode votar! Você faleceu em Março de 2006!"
E agora? O que pensar? "Bati as botas e agora sou uma alma-penada que atormenta eleitores", "Isto é para os apanhados" ou "Que chatice... logo agora que o meu voto ia decidir tudo"!
Bem... o mais fácil mesmo é constatar que somos Portugueses e basta! E como não podia deixar de ser, não só o assunto não foi resolvido ali (nem ainda está!) como não o deixaram votar!
Agora a pergunta séria:
-Quem foi que deu autoridade a estes senhores (seja da mesa de voto ou da junta de freguesia) para retirar um direito constitucional a um cidadão que é obviamente alvo de um erro burocrático?
Deixo-vos, para concluir, com mais uma "teoria da conspiração":
-Quantos "mortos-vivos" terão ido votar?
-O que impede qualquer funcionário de uma freguesia partidariamente mais fanático de declarar uns quantos mortos antes de umas eleições se tiver uma boa ideia das suas orientações de voto e assim manipular os resultados?
2 comentários:
estando "morto", podia aproveitar para fazer muitas coisas q vivo nao dao jeito nenhum...
Pois eh caros canalhas, o morto está vivo e de saúde.
No dia seguinte dirigi-me a minha junta de freguesia, cheguei ao balcão e rematei :
"sou o indivíduo que faleceu a 31 de março (por falar nisso, como defunto tou quase a fazer anos) e resovi vir aqui atormentar-vos.....[] brincadeirinha, vim cá só provar que estou vivo, mas o meu pai diz que se for preciso vem cá fazer de testemunha..."
Tenho dito
Nuno "o morto" prata (o cunhado)
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